Tuesday, January 03, 2006

PENUMBRA

Vejo na penumbra que estás a esperar. Teu olhar encontra o meu quando entro e sei que estás plena. Fragmentos de todas as mulheres que fostes, és e serás, fundidos em um só olhar que me acolhe em uma doce armadilha. E me entrego sem me preocupar com qualquer perigo que possa existir nas sombras que te rodeiam. Sei que és a luz, sei que és a sombra, sei que me esperas em teu leito, em algum lugar que não imagino. Te olho mais uma vez na penumbra e me entrego sem remorso. Teus braços sinuosos me envolvem e te sonho mais uma vez procurando as respostas a perguntas que não ouso me fazer. Podes me devorar, pois não te decifrarei jamais.

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