BLUES E BOURBON
Irrepreensíveis leis que regulam a vida e eu fumando um cigarro atrás do outro. Ouvindo o Hammond arrepiar e vendo o lento rebolar de uma loira misteriosa. Visão opiácea que desliza pelo ar denso do bar. Fico pensando na sedução em vez de seduzir. Quero beber às curvas da fêmea fatal. Engulo seu perfume com Bourbon. Distraio meu olhar com os detalhes fúteis de seus colares e anéis.
Como investigador insano persigo o rastro de minha presa. Quero-a semi-nua subjugada por meus desejos noturnos. Tocar sua alma enquanto rola o blues. Deslizar por seus lábios lentamente sorvendo cada partícula de sua personalidade pagã. Círculo solene. Apátrida infernal que me desgarra em sonhos de outra noite de verão.
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